quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Valsas e voltas

Da poesia, assovio o lúdico momento
Passado há tempos em silêncio
Outro dia ouvi um cantarolar em sonhos,
Notas suaves como canção de ninar

Do prelúdio que não passou
Do minueto a delonga da valsa
Do compasso a presságios de fantasias
Sigo compondo a sinfonia

Tudo acontece,
Tudo torna,
Tudo retorna,
Tudo finge passar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Passatempo

Ahh tempo caduco…
Deixe de ser miserável
Desande a passar em passos largos
Leve contigo este vasto instante
Prefiro a ausência desses dias
A contar horas intermináveis
Passatempo, passa...
Passe desta para melhor,
Antes que tudo passe
Passatempo...
Antes que passe eu.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

De aromas e outros sabores

Aquele dissonante surto,
Derradeiro ato em desalinho,
Minguou toda ternura da lua
Cobriu de pó o árido rito
Dissipou aromas de lavanda e alecrim
Diluiu sabores de vinho e romã
Calou os sentidos do mito
Subtraiu da memória a cálida lembrança
Deixou apenas imagens,
Ainda não reveladas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Favos de Tempo

Maculado o pólen fecundo
Desprendido, interrompido.
Daquele tempo, fluiu em veias marginais
Toda flor, todo mel, toda dor.
Aleatório movimento do tempo.
Daquele passeio sem pretensões
A maestrina natureza se refez,
Compôs em fados, tangos e outras bossas
Todo sonho, todo doce, toda cor
Pôs à prova o velho, o novo, o sonho,
A abelha, o favo e o amor.