segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Netuno

O que se passa, meu caro?
Não me venha com velhas confusões
É fato que já passou
Esta roupa já não lhe cabe mais
Seus sentidos, assim como seu contorno,
Tudo em ti mudou, meu velho.
Também não lhe cabe mais o naufrágio do passado
O vai e vem da maré, remexe sedimentos,
Revira os resquícios da lembrança,
Deixa turva a transparência da visão
Quer saber meu amigo?
Somente lhe cabe a limpidez de águas claras
Sobre o reflexo do céu, desenha o rumo da esperança
Meu caro, meu velho, meu amigo...
Toque o barco, sem perder o prumo.

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