quinta-feira, 9 de abril de 2009

Galatea Profanada


Ahh... Galatea...
Vejo teu busto
Composto e decomposto,
Suspiro...
Sinto um sofrimento inexplicável.
Tento, entre tormentos,
Recompor suas esferas
Ahh... Galatea...
Distorço minha visão,
Foco e desfoco meu olhar
Esforço inútil.
Nem com todo meu pesar,
Nem com todo meu desejo de te ver inteira,
Nem assim consigo montar sua matéria
Só te vejo em átomos dispersos.
Rogo aos filósofos da Grécia antiga,
Rogo a Einstain,
Juntai suas partículas !
Foi Salvador Dali,
Foi o profano surrealista!
Fragmentou o indivisível
Transformou num mar de luas
A escultura de Pigmaleão...
Hoje te olho e, mesmo decomposta,
Vejo fonte de paixão.
Bendita seja Afrodite.
Que de mármore te fez mulher.
Em carne, osso e pecado.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial