quarta-feira, 8 de abril de 2009

Neruda e o Mamute

Naquela tarde de domingo
Reunião de amigos
Para trocar presentes,
Sorrisos e histórias.
Aos poucos sala cheia
Palavras simultâneas,
Conversas paralelas,
Música incessante,
Petiscos, cachaça e manifestos,
Risadas e lembranças de ausentes.
Na brincadeira iniciada pela poesia de Quintana,
A descrever Meninazinha presenteada,
Logo surge um poema de Neruda.
Da voz entorpecida pelos versos
Soa pronúncia trôpega de palavras estrangeiras
Atuação em gestos e discurso cativante
Segue o amigo em recital extenuante
Aos presentes um surto coletivo
Lágrimas de risos empolgantes,
Gargalhadas em prantos,
Salva de palmas, assovios e clamores
Bravo! Bravo!
Gritávamos ao desfecho da poesia...
Incorporado por Neruda,
O poeta Mamute declama em sensibilidade
Toda grosseria que lhe é injustamente atribuída,
Contrariando estereótipos e rótulos.
Em coro, rogávamos em suplicas...
Queremos Mamute, poeta de Neruda!

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