quarta-feira, 8 de abril de 2009

Rodas de Sábado

Ocupávamos vagamente o tempo
Entre rodas e raios girando a roda
Em movimentos cortando o vento
Percorríamos a princesinha em caravana
Cada qual com sua oficina ambulante
Pensamentos assíncronos e destoantes
Dispersavam no espaço da indefinida distância
Entre o arfar do cansaço e a panorâmica deslumbrante
Poucas palavras a ilustrar o estado contemplativo
Contornos e curvas delineavam o percurso
Ao fim da linha, asas e sonhos de Ícaro
Ciclos de idas e vindas uniam pontos distantes
Nosso regresso, nossa partida, nosso recomeço...
Içamos vôo, logo a pousar em porto calmo
Em ritmo lento, atracamos na mureta da Urca
Saciamos sede, enaltecemos paladar
Nos entorpecemos em contos, embebedando a imaginação
Logo se aproxima mais uma roda
Abastecemos nossas memórias com cenas renovadas
Retornamos ao ciclo itinerante
Chega, para, lava, troca e parte...
Quatro rodas nos levaram ao Outeiro
Celebrações em roda de amigos
Mais contemplação, mais paisagem
Mais degustação,
Mais personagens...
Mais histórias.
Gira a roda no molhado
No retorno cansado daquela roda de sábado.

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