quinta-feira, 9 de abril de 2009

M E D O

Púrpura e não natural é cor do seu dia,
Um cemitério vivo
Aguarda a inércia do seu corpo,
Estático e frio.
Faz sangrar sua coragem,
Hemorragia sem fim...
Ata mãos e atos,
Reduz certeza a meros desenganos,
Realidades a ilusões.
Negra é a cor de suas pálpebras,
De onde escorre lágrimas de fogo,
Cristalinas e úmidas, tatuam o leito de sua face.
Sua virtude é mesquinha,
Seu poder é absoluto,
Sua existência abstrata.
Hostil e duvidoso...
Absurdo M-E-D-O.

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